Como proteger seu pet e sua família da leishmaniose visceral



A leishmaniose visceral, mais conhecida como Calazar, é uma doença infecciosa transmitida tanto aos cães quanto aos seres humanos através da picada de um mosquito flebótomo, popularmente conhecido como mosquito-palha.

No Brasil, a leishmaniose visceral é um importante problema de saúde pública, não apenas em áreas rurais, mas também urbanas, e está presente em todas as regiões do país. De acordo com dados do Ministério da Saúde, em média, cerca de 3.500 casos humanos de leishmaniose visceral são notificados anualmente no Brasil, sendo que aproximadamente 70% estão concentrados na região nordeste (Brasileish, 2018).

A leishmaniose é uma doença vetorial, transmitida somente através da picada do mosquito-palha, não havendo transmissão ou contágio do cão para o homem ou vice-versa.

O mosquito-palha se torna infectado com o parasita causador da leishmaniose quando ele pica um cão ou um ser humano que possui a doença, sendo assim, ele irá adquirir a larva do parasita causador da leishmaniose através do sangue desse hospedeiro infectado. Essa larva irá passar por transformações no intestino do mosquito e irá migrar para seu aparelho sugador, sendo transmitida para um novo hospedeiro quando o mosquito-palha se alimentar novamente. Esse novo hospedeiro poderá ser um cão ou um ser humano.

Ao contrário do mosquito da dengue, as larvas do mosquito-palha se alimentam de matéria orgânica, como lixo doméstico (restos de comida), frutos apodrecidos, folhas de árvores, vegetais em decomposição e fezes de animais. E os ovos do mosquito-palha são colocados em locais sombreados e úmidos e que tenham fonte de alimentação para as larvas que eclodirão.

O mosquito-palha sai de seu abrigo e apresenta maior atividade nos horários mais frescos do dia, como ao anoitecer e durante a noite. Portanto em áreas endêmicas da leishmaniose, passeios com os cães no final da tarde e à noite devem ser evitados.

Os sinais clínicos da leishmaniose podem variar, ou seja, não são específicos da doença. Além disso, os animais podem estar infectados, mas sem sintomas clínicos. No entanto, quando manifestados, os indícios da leishmaniose visceral canina são característicos: vômito, fraqueza, emagrecimento, acentuada queda de pelos, feridas de difícil cicatrização no focinho, orelhas e patas e um crescimento anormal das unhas.

O diagnóstico clínico da leishmaniose visceral deve ser realizado com base nos exames físico e laboratorial, visto que como não existem sinais específicos da doença só o diagnóstico clínico não é um método preciso. Sendo assim, caso o médico-veterinário sugira a realização de um teste para diagnóstico da leishmaniose, aceite fazer.

O tratamento da leishmaniose canina deve ser realizado com protocolos que produzam melhora clínica e redução da carga parasitária, visto que não existe cura parasitológica para a doença. A única droga leishmanicida aprovada para o tratamento da doença em cães é a miltefosina (MAPA, 2016). Com o tratamento, o animal infectado pode viver por muitos anos e com qualidade de vida. Além disso, todos os animais em tratamento devem utilizar inseticidas tópicos com propriedade repelente, a fim de minimizar o risco de transmissão.

A principal forma de prevenção da infecção por leishmaniose em cães é através do uso de inseticidas tópicos com propriedade repelente. Atualmente existem estudos e dados suficientes para sustentar que o uso de coleiras em cães contra o mosquito-palha é um dos métodos mais efetivos no combate à leishmaniose visceral, trazendo impactos positivos não apenas por manter os cães livres da doença, como também auxiliando no controle da população do flebotomíneo. Além da coleira, a vacina em animais soronegativos também é importante, porém ela não evita que os mosquitos piquem ou que a doença seja transmitida: sua atuação é evitar que o animal desenvolva a doença.

Além do uso da coleira nos animais, deve-se realizar o manejo ambiental, por meio de limpeza de quintais, terrenos e praças públicas removendo lixo, fezes, folhas e frutas em decomposição, instalar telas nas portas e janelas e utilizar inseticidas ambientais também contribuem para o combate ao mosquito-palha.

A principal forma de transmissão da doença é através da picada de flebotomíneos, ou seja, do mosquito-palha infectado, porém há outras formas de transmissão, como através da transfusão sanguínea e sêmen de cães infectados, contaminando as fêmeas e seus filhotes. Portanto a castração de animais errantes ou animais domiciliados infectados nas áreas endêmicas também é uma medida preventiva importante.

A Ourofino tem em sua linha de produtos a Coleira Leevre, uma coleira ectoparasiticida que tem como ativos a Deltametrina 4% e Propoxur 12%.

Leevre é indicada para auxiliar no controle da leishmaniose, pois possui efeito inseticida e repelente contra o mosquito-palha, sendo uma forma mais eficiente de evitar um maior número de casos e agindo na mortalidade dos vetores. Além de prevenir a transmissão da leishmaniose, a Leevre combate e controla os carrapatos e pulgas dos cães. O período ideal de troca da coleira Leevre é a cada 6 meses.

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Por Fernanda Mattos
Analista Técnica na Ourofino Pet

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